Acordo permitirá abertura de Cais Embarcadero em abril

Representantes do governo do Estado e do projeto Cais Embarcadero se reuniram nesta quinta-feira em Porto Alegre.

Governador Eduardo Leite recebeu empresários do Cais Embarcadero no Piratini | Foto: Gustavo Chagas/Rádio Guaíba
Foto: Gustavo Chagas/Rádio Guaíba

Parte do projeto de revitalização do Cais Mauá deve sair do papel em abril. É a estimativa do governo do Estado e das empresas que administram o Cais Embarcadero. Nesta quinta-feira, o governador Eduardo Leite e executivos do empreendimento apresentaram detalhes do plano em coletiva de imprensa. A área, de 19 mil metros quadrados, fica ao lado da Usina do Gasômetro em Porto Alegre.

O trecho fazia parte do projeto firmado em 2010 para a recuperação de todo o antigo porto, entre a Estação Rodoviária e o Gasômetro. No ano passado, o contrato com o Consórcio Cais Mauá foi rescindido. O processo judicial foi movido pelo Palácio Piratini, que alegou descumprimento das cláusulas do acordo por parte da empresa. Das poucas obras em andamento, estava a do Embarcadero.

A Procuradoria-Geral do Estado liderou a frente jurídica para avançar nas tratativas. De acordo com o chefe do órgão, Eduardo Cunha da Costa a situação das obras permitiu a liberação do espaço enquanto não existir uma licitação para o restante do Cais. “No início, sem aval prévio do Estado, foi iniciada a obra do Embarcadero”, apontou. “Se chegou à conclusão que aquela área, um pedaço apenas, pode ser destinada enquanto se faz a análise do todo”, completou o procurador.

Gastronomia, turismo e investimentos futuros

O projeto do Embarcadero é tocado pelas empresas DC Set e Tornak Participações. Restaurantes, bares, quadras esportivas, uma praça e uma área de contemplação do Guaíba estão no plano em execução. O investimento da iniciativa privada na área chegou a R$ 6,5 milhões. Metade do valor ficará como benfeitoria ao governo, dono da área. O sócio-diretor da Tornak, Fernando Tornaim, explicou que o contrato deve durar de quatro a seis anos.

O novo contrato aguarda o aval de órgãos técnicos, como o IPHAN, responsável pelo patrimônio histórico no Brasil. Para o restante do Cais, o governador Eduardo Leite falou das tratativas para liberar a área em lotes para novas construções. “Temos uma expectativa, sabemos que é um tema complexo, de que isso não deverá ter edital na rua neste ano”, observou. “Nós vamos desenvolver, a partir daqui, um modelo de negócios efetivamente”, completou o chefe do Executivo.

O estacionamento ao lado da Usina do Gasômetro também será alvo de uma licitação, informou o governo do Estado. Caso o processo não se concretize, o terminal poderá ser administrado pela EPTC por tempo indeterminado.