PMs votam por encerrar motim no Ceará e voltam ao trabalho nesta segunda-feira

Maioria dos policiais decidiu pelo fim de paralisação que durou 13 dias

Após a série de ataques no Ceará, a Força Nacional de Segurança Pública está fazendo o policiamento ostensivo nas ruas de Fortaleza, em apoio aos agentes de segurança do estado. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Os policiais militares do Ceará que promoveram um motim nas últimas semanas decidiram, na noite desse domingo, encerrar a paralisação. Eles devem voltar ao trabalho nesta segunda-feira. A decisão acontece no dia em que o grupo recebeu uma nova proposta da comissão especial formada por membros dos três poderes. A paralisação durou 13 dias.

Desde o dia 20 de fevereiro, as Forças Armadas atuam na segurança das ruas do Estado. A medida respondeu ao decreto publicado pelo presidente Jair Bolsonaro que aplicou a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) pelo período de 20 a 28 de fevereiro. No dia 29 de fevereiro, a operação foi prorrogada por mais sete dias.

Os policiais militares iniciaram a paralisação em reivindicação a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo estadual. Além de cobrar um novo reajuste, a categoria pedia melhores condições de trabalho. Durante o motim, os Crimes Violentos Letais Intencionais, registrados pela Secretaria de Segurança do Estado, cresceram consideravelmente. O número chegou a ser quase sete vezes maior do que os registrados na véspera do início do motim.

Em Sobral, o senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado no dia 19 de fevereiro, ao usar uma retroescavadeira para tentar desocupar um batalhão da PM tomado por policiais. Ele foi encaminhado ao hospital e teve alta hospital no dia 23 de fevereiro.