Inter ainda está longe do fim do processo de adaptação ao estilo Coudet

Jogadores ressaltam que mudanças implementadas pelo técnico na equipe ainda estão sendo incorporadas

Grupo de jogadores do Inter admite que ainda passa por adaptação ao estilo de jogo de Eduardo Coudet | Foto: Ricardo Duarte / Inter / Divulgação / CP

Os dirigentes colorados planejaram uma mudança de rumo em 2020. Por isso, Eduardo Coudet foi buscado na Argentina e começou a treinar o Inter em janeiro. Trata-se de um treinador com métodos diferentes, que trabalha para impor um novo tipo de futebol ao time. Porém, o processo de adaptação está longe de estar concluído, segundo o depoimento dos próprios jogadores.

O Inter fez nove partidas na temporada. Algumas delas, principalmente na Libertadores da América, foram extremamente decisivas − assim como será a de quarta-feira, contra o Tolima, no Beira-Rio. O acúmulo de jogos e o tempo escasso para os treinos são apontados como a razão para o time ainda não ter conseguido assimilar as ideias do técnico.

“O torcedor sempre quer ver o time bem e vencendo. Nós também. Trabalhamos para isso, inclusive. Foram nove jogos na temporada e só perdemos um. Claro que foi o clássico (Gre-Nal), que é o mais dolorido. Mas só perdemos um, apesar de ser só o início do trabalho. Nós, aqui dentro, precisamos ter tranquilidade para trabalhar e melhorar. Acredito que a continuidade do trabalho vai ajudar”, afirma o volante Edenilson.

Falando especificamente sobre o meio-campo, ele admite que os jogadores ainda vivem uma fase de adaptação. “É um novo método de trabalhar. Aquele meio-campo que a gente tinha foi modificado pelo professor. Não dá para se basear pelo ano passado porque mudou a forma de jogar e os jogadores. Mas a gente sabe que pode melhorar e que podemos fazer as funções que ele está pedindo”, diz.

Edenilson, repetindo o que outros jogadores já haviam falado, confirmou as dificuldades ofensivas vividas pela equipe, principalmente nos últimos jogos. O volante espera que no Beira-Rio, o Tolima conceda um pouco mais de espaço do que no compromisso em Ibagué, que terminou sem gols na quarta-feira passada. “A equipe deles marcou bem lá e dificultou muito o nosso jogo. Não conseguimos encontrar espaços e atacar. Espero que em casa a gente consiga jogar e fazer os gols”, disse.

A delegação do Tolima desembarcou em Porto Alegre na noite de ontem, após uma viagem que durou o dia inteiro.