Porto Alegre pode ganhar ponto oficial para celebrar luta da comunidade LGBTQ+

Proposta prevê que placa seja instalada no entroncamento da rua Joaquim Nabuco com a Travessa dos Venezianos, no bairro Cidade Baixa

Vereadores Marcelo Rocha (PSol) e Comandante Nádia (MDB) propõem esquina da diversidade. Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA

A Capital gaúcha pode ganhar oficialmente um ponto físico para celebrar a luta da comunidade LGBTQ+. O projeto de lei para a criação da Esquina da Diversidade é de autoria do vereador suplente Marcelo Rocha (PSol) que, durante a última semana, assumiu temporariamente o lugar do colega de partido Alex Fraga.

Caso o projeto seja aprovado, uma placa vai ser fixada com os seguintes dizeres “Homenagem à luta de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais por igualdade e direitos” no entroncamento da rua Joaquim Nabuco com a Travessa dos Venezianos, no bairro Cidade Baixa. “A gente escolheu denominar esse local (como Esquina da Diversidade) pelo seu valor histórico para o luta LGBTQ+. A gente se sente muito seguro ali diferentemente de outros lugares da cidade”, disse Rocha.

O fator mais surpreendente é que uma das coautoras da iniciativa é a Comandante Nádia (MDB). A vereadora é a responsável pela reconstituição da “placa da família” em Porto Alegre, localizada no cruzamento da João Pessoa com a Princesa Isabel, que exalta a formação do núcleo familiar como “pai, mãe e filhos”.

Sobre o assunto, Nádia sustenta que os modelos não são excludentes. “Uma família constituída por pai, mãe e filho ainda retrata uma maioria, mas não obstante a isso é importante que a gente compreenda e aceite as famílias mais diversas formadas por pai e pai ou por mãe e mãe”, exemplifica a vereadora. “A placa da diversidade mostra que na cidade de Porto Alegre há espaço para todos, mas não existe espaço para o preconceito e intolerância”, encerra.