Réu acusado de matar fotógrafo em Canoas é condenado a mais de 20 anos de prisão

Sessão durou 12 horas; outra ré vai ser julgada em 15 de abril

Gargioni morreu aos 22 anos, em Canoas. Foto: Reprodução Facebook

Depois de 12 horas, um júri popular realizado em Canoas condenou a 20 anos e oito meses de prisão, na noite desta terça-feira, o réu Juliano Biron da Silva, acusado de matar o fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni, em julho de 2015. A juíza Geovanna Rosa leu a sentença perto das 23h, depois que o conselho de sentença se reuniu para o veredito.

Preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) desde janeiro de 2018, Biron recebeu pena de 19 anos e seis meses de reclusão pelo crime de homicídio qualificado, com motivo torpe, e mais um ano e dois meses pela ocultação do cadáver.

A magistrada também marcou para 15 de abril o julgamento da outra ré no processo, Paula Caroline Ferreira Rodrigues, que faltou hoje à sessão alegando problemas de saúde. Ela responde em liberdade pela coparticipação no assassinato.

Aos 22 anos, Gargioni, que era fotógrafo da Assembleia Legislativa, morreu torturado e baleado com 19 disparos, em um cativeiro na Prainha do Paquetá.

O delegado Marco Guns, que testemunhou perante o júri, detalhou os 19 dias de investigação. O policial lembrou que indícios coletados através de redes sociais levaram a Polícia aos acusados, e que ligações realizadas entre as partes culminaram no inquérito que indiciou a dupla.

O assassinato, conforme a denúncia do Ministério Público, ocorreu porque Biron tinha ciúmes da amizade de Gustavo com Paula. Os dois marcaram um encontro em um posto de gasolina e, ao entrar no carro – que Paula dirigia -, Gustavo acabou sendo surpreendido pelo companheiro dela. O casal rendeu e espancou a vítima, na Prainha, antes de executar e esconder o corpo do fotógrafo.