“Brasileiros não estão em prisão domiciliar”, garante diplomata chinês

Devido ao coronavírus, Wuhan foi isolada por ordem do governo da China

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O ministro conselheiro Song Yang, encarregado de negócios na Embaixada da China no Brasil, afirmou hoje em entrevista coletiva, em Brasília, que os brasileiros que vivem em Wuhan “não estão em prisão domiciliar”. A cidade, que fica na província de Hubei, é o principal foco do coronavírus.

Conforme o diplomata, todos os países que quiserem buscar cidadãos na China podem fazê-lo, desde que tomem medidas sanitárias, como quarentena antes e após o deslocamento, e providências de apoio logístico para o transporte em voo charter (não comercial).

“Não é muito aconselhável um cidadão [de uma área sob isolamento sanitário] fazer viagem em voo comercial. Temos que tomar cuidado para não servir de instrumento de transmissão”, assinalou.

A cidade Wuhan foi isolada por determinação do governo chinês. Além de voos comerciais suspensos, há barreiras na estrada da cidade que fica no centro do país e o transporte ferroviário também parou de funcionar.

Song Yang também informou que os chineses que tenham vindo para o Brasil após o surgimento da epidemia foram orientados a ficar duas semanas em quarentena. A Embaixada da China garantiu dar apoio aos chineses que cheguem ao Brasil.

Conforme os dados apresentados pelo encarregado de negócios na Embaixada da China, o coronavírus já foi identificado em 22 países (excluindo Twain), totalizando 123 casos e nenhuma morte.

Ainda não há conhecimento científico sobre as causas e cura da doença, e o perfil das pessoas mais vulneráveis. O diplomata observa, no entanto, que “os idosos são mais afetados” até o momento.