“Estado precisa enfrentar os temas que mais impactam nas contas” diz Leite sobre votação de projetos

Hoje, Assembleia Legislativa vota o pedido de convocação extraordinária, encaminhado pelo governador, para que nove textos sejam votados em plenário na última semana de janeiro

Eduardo Leite Estado
Foto: Ricardo Giusti / CP Memória

O governador Eduardo Leite concedeu entrevista ao programa Bom Dia, da Rádio Guaíba, na manhã desta segunda-feira. Para o chefe do Executivo gaúcho, a partir de amanhã, a Assembleia Legislativa tem como desafio vencer o pacote de reforma estrutural das carreiras e da previdência do funcionalismo.

Hoje, o parlamento vota em sessão extraordinária, a partir das 15h, o pedido de convocação extraordinária, encaminhado pelo governador, para que nove textos sejam analisados em plenário na última semana de janeiro. Conforme Leite, o Estado precisa enfrentar os temas que mais impactam nas contas, entre elas, a folha de pagamento. O governador destacou que o Rio Grande do Sul tem despesa maior com servidores inativos, do que com ativos.

“Nós precisamos enfrentar o tema da folha [de pagamento] em benefício do próprio servidor. Eles pagam a conta duplamente: como servidor, com os salários atrasados, e como cidadão, que paga impostos mais altos. A gente cobra mais imposto em energia, comunicação, combustível para tentar recursos para pagar as contas no fim do mês, e nem assim conseguimos”, comenta.

De acordo com Leite, todos os contatos com a base aliada foram realizados. Embora o MDB seja o maior partido que integra a base, o governador não os considera o ”fiel da balança”. “Temos 40 deputados na base, no MDB são 8, todos são muito importantes. Conversamos com todos e precisamos superar essa agenda”.

Sobre a votação dessa segunda, o governador explica que “fizemos a convocação conforme ajustado com a base aliada no final de 2019. Levamos a votação dentro dos projetos que integram o pacote da reforma da previdência com novas alíquotas que vão gerar receita e também beneficia quem ganha menos. Um professor que recebe R$ 2 mil, paga 14% de alíquota e vai começar a pagar entre 8% e 9%. Ele vai pagar menos do que vinha pagando e isso é dinheiro no bolso dele”.

Se aprovado, Leite estima que o Estado tenha uma economia de R$ 20 bilhões. Segundo o governador, o Estado tem uma despesa muito elevada com a previdência. ”O servidor contribui e o Estado, como patrão, também. Ainda assim faltam R$ 12 bilhões e precisamos usar o que arrecadamos com impostos, que deveriam voltar para população em investimentos, escolas, estradas e viaturas”. Caso o pacote não seja aprovado, Leite aponta que ”nos próximos dez anos, o Estado vai ter que achar mais R$ 20 bilhões para fechar a conta”.