Mesmo com o Dmae garantindo qualidade técnica, os relatos de alterações no gosto e no cheiro da água vem crescendo, nos últimos dias, em Porto Alegre. Moradores de diferentes bairros, como Menino Deus, Santana, Cidade Baixa, Humaitá e Centro Histórico já vem relatando mudanças, como odor e gosto de terra. Esse cenário, contudo, não é novo e decorre do período de floração das algas do Guaíba, o que empresta essas características à água. A produção da substância, conhecida como geosmina, também provoca polêmica no Rio de Janeiro, onde mudou o gosto e a cor da água. O governador Vilson Witzel chegou, ontem, a falar em sabotagem contra a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cdae), em vias de privatização.
Contatado pela reportagem, o Dmae garante que até o momento não identificou florações junto aos pontos de captação, o que dispensa medidas mais “incisivas”, como o uso do carvão ativado no pré-tratamento da água. O estado de alerta, segundo a autarquia, é constante, e o departamento vem “tomando medidas cautelares e intensificando seus monitoramentos”.
De acordo com o Dmae, são realizados quase três mil análises diárias para garantir a qualidade do fornecimento, obedecendo limites estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Além disso, pede que qualquer alteração na água seja formalmente comunicada através do telefone 156. A partir desse protocolo, os técnicos poderão avaliar cada situação individualmente.
