Após fim da greve, aulas nas escolas estaduais são retomadas hoje integralmente

Secretaria Estadual da Educação sugeriu às Coordenadorias Reginais de Educação que a recuperação começasse nesta quarta-feira, seguindo até 27 de fevereiro

Foto: Guilherme Almeida/CP

Após o Cpers Sindicato decidir nessa terça-feira suspender a greve da categoria após 57 dias de paralisação, as escolas estaduais retomaram hoje integralmente as aulas. A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) sugeriu às Coordenadorias Reginais de Educação que a recuperação começasse nesta quarta-feira, seguindo até 27 de fevereiro. A Pasta contabiliza 37 dias letivos de paralisação (entre 14 de novembro de 2019 e 14 de janeiro de 2020).

A Seduc afirmou que a sugestão de calendário busca garantir aos estudantes o direito de, no mínimo, 200 dias letivos e assegurar a carga horária de 800 horas para o Ensino Fundamental e 1.000 horas para o Ensino Médio. Entretanto, grande parte das escolas já iniciou a reposição do ano letivo ainda no primeiro calendário sugerido pela Pasta, que iniciou dia 21 de dezembro.

É o caso do Colégio Estadual Júlio de Castilhos, em que parte dos professores e dos alunos já tinha retomado as atividades. Além desta instituição, a Escola Técnica Senador Ernesto Dornelles, a Escola Rafaela Remião e o Colégio Paula Soares devem encerrar o ano letivo de 2019, conforme o calendário sugerido pela Seduc. Já o Colégio Piratini e a Escola Técnica Parobé informaram que não paralisaram as atividades totalmente e, por conta disso, já estão em período de matrículas.

Durante assembleia do Cpers nessa terça-feira, a presidente do sindicato, Helenir Schurer, afirmou que “a greve foi uma demonstração de que a luta continua”. Entretanto, o próprio Cpers admite que a greve chegou a apenas 2% de adesão – o que corresponde a cerca de 3 mil professores.

O governador Eduardo Leite, em pronunciamento por vídeo nas redes sociais, disse que que a decisão de encerramento da greve foi “razoável, importante e assertiva”. Ele disse ainda que o “Governo do Estado teve uma posição firme e também sensível e não quer nenhum docente passando necessidade. Por isso, apresentamos a nossa proposta para que fosse paga a folha suplementar e depois se fizesse o desconto parcelado pelos próximos seis meses (referindo-se à decisão de que professores que mantivessem a greve, teriam o ponto cortado)”.

Confira o pronunciamento

Mensagem do governador

Os professores do RS decidiram em assembleia pelo retorno às aulas para a conclusão do ano letivo. 🟩🟥🟨

Posted by Eduardo Leite on Tuesday, 14 January 2020