O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira novas sanções contra o Irã depois do ataque a duas bases militares norte-americanas no Iraque na última terça.
Os americanos dizem estar convencidos que o objetivo do Irã era matar militares, embora Teerã tenha dito que o objetivo maior era danificar as bases administradas pelo Pentágono.
O secretário de estado, Mike Pompeo, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, disseram que as sanções vão atingir oficiais sêniores do Irã, empresas de aço, ferro e cobre.
“Essas sanções continuarão até que o regime (iraniano) interrompa o financiamento do terrorismo global e se comprometa a nunca ter armas nucleares”, disse Mnuchin.
Como consequência, o secretário confirmou que serão cortadas dezenas de milhões de dólares em apoio a atividades terroristas na região. “Queremos que o Irã se comporte como uma nação normal”, disse Pompeo.
A imposição das sanções já tinha sido antecipada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em discurso após o Irã ter atacado com mísseis, na última quarta-feira, duas bases usadas por tropas americanas no Iraque.
Hoje, o Trump acrescentou, em entrevista à rede Fox News, que o general iraniano Qasem Soleimani, morto pelos Estados Unidos na semana passada, o que motivou o revide iraniano, tinha planos de atacar “quatro embaixadas” americanas, uma delas provavelmente em Bagdá.
Já o The Washington Post revelou nesta sexta que os Estados Unidos lançaram, sem sucesso, na semana passada um ataque aéreo no Iêmen com objetivo de eliminar Abdul Reza Shahlai, um comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária do Irã.
Detalhes da operação, não confirmada oficialmente pela Casa Branca, foram revelados, também, pela emissora CNN. A ação, segundo as reportagens, ocorreu em 2 de janeiro, mesmo dia em que um drone americano assassinou o general Qasem Soleimani.
A missão frustrada levanta dúvidas se a operação contra Soleimani foi realmente uma tentativa de impedir ataques iminentes a objetivos americanos, como a Casa Branca defende desde então, ou se fazia parte de um plano mais amplo para fragilizar a Guarda Revolucionária do Irã.
Questionada pela Agência Efe sobre as revelações, a porta-voz do Pentágono, comandante Rebecca Rebarich, respondeu que não comenta “supostas operações no Iêmen”. Os EUA mantêm em segredo as ações que desenvolve no país, em conflito desde 2014.