Sobe para 10 número de pacientes internados após consumirem cerveja em BH

Exames apontaram presença de dietilenoglicol, substância também encontrada em amostras de lote da cerveja Belorizontina, que teve fábrica interditada. Uma pessoa morreu

Cerveja Belorizontina é produzida pela Cervejaria Backer em Minas Gerais | Foto: Gisele Ramos/RecordTV Minas
Cerveja Belorizontina é produzida pela Cervejaria Backer em Minas Gerais | Foto: Gisele Ramos/RecordTV Minas

Subiu para 10 o número de pacientes internados após consumirem cerveja contaminada com uma substância tóxica em Minas Gerais. Nove pessoas seguem hospitalizadas em Belo Horizonte, com sintomas de insuficiência renal, e um paciente morreu.

Uma força-tarefa criada por órgãos municipais, estadual e federal para apurar as causas por trás da síndrome divulgou o número nesta sexta-feira.

Amostras de sangue de três pacientes diagnosticados com insuficiência renal aguda em Belo Horizonte apontaram para a presença da substância dietilenoglicol, a mesma encontrada em dois lotes da cerveja Belorizontina, da Backer. A Polícia Civil analisa, também, amostras de outros lotes.

A Backer garante que não utiliza o dietilenoglicol em nenhuma etapa do processo de produção da cerveja e sim o monoetilenoglicol, uma variação menos tóxica da substância química.

O dietilenoglicol, que é utilizada como anticongelante, é tóxico e pode ter causado os sintomas apresentados pelos pacientes, como náusea, vômitos, insuficiência renal,

Com a descoberta da substância, um novo protocolo clínico para intoxicação por dietilenoglicol visando o tratamento dos pacientes vai ser divulgado a profissionais da saúde.

Interdição

A fábrica da cervejaria Backer, no bairro Olhos d’Água, em Belo Horizonte, teve as instalações interditadas, nesta sexta, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Os donos da cervejaria Backer disseram que não foram informados sobre a interdição mas que tomarão medidas cabíveis porque, segundo eles, não há laudos ou provas contundentes.

Segundo a pasta, a medida cautelar decorre do “risco iminente à saúde pública”. O Mapa também determinou ações de fiscalização para apreensão dos produtos que ainda se encontrem no mercado.

Distribuição

Cerca de 33 mil garrafas de um lote contaminado da cerveja Belorizontina foram distribuídas para Belo Horizonte e região metropolitana, São Paulo, Espírito Santo, Brasília e outras regiões de Minas.

Supermercados de Belo Horizonte recolheram produtos da Backer das prateleiras, nesta sexta.

A cervejaria também anunciou que vai ressarcir clientes que compraram cervejas do lote contaminado.

A Prefeitura de Belo Horizonte disponibilizou nove pontos de recolhimento de cervejas da marca Belorizontina de moradores da capital mineira que ainda possuem o produto para consumo próprio.