Classificando a postura do governo do Estado como “decisiva e determinada”, o governador Eduardo Leite comentou o impasse sobre a greve dos professores. O chefe do Executivo defendeu a medida que abona o corte de ponto para o posterior desconto dos dias não trabalhados. A proposta foi apresentada em reunião entre a Secretaria da Educação e representantes do CPERS, realizada nessa quarta-feira.
Eduardo Leite disse que o fim do corte de ponto dos grevistas cria “um vício no comportamento” dos professores. O governador ainda deu um aviso ao magistério, cobrando o retorno dos profissionais ao serviço. “Se os professores não retornarem às aulas imediatamente, uma consequência eles terão: perder mais um mês de salário”, alertou. “Quando o governo está exigindo que trabalhem para concluir o ano letivo, ele não está exigindo nada mais do que o contrato de trabalho estabelece”, completou Leite.
Pagamento do salário em dia
Eduardo Leite também foi questionado sobre a promessa de pagar em dia o salário dos servidores públicos no primeiro ano de governo. A proposta foi feita pelo então candidato do PSDB nas eleições de 2018. O governador responsabilizou o não cumprimento da promessa à não concretização da venda de ações do Banrisul. “Não se afasta este objetivo do governo do Estado”, sustentou.
Leite também ressaltou que o calendário de pagamento parcelado está sendo cumprido mais rapidamente. O governador lembrou ainda a retomada dos repasses a hospitais e a municípios, que estavam atrasados desde o governo de José Ivo Sartori.