Agricultores pedem providências e entidades se unem para acompanhar efeitos da estiagem no RS

Plantações de soja, milho e tabaco foram seriamente afetadas pela escassez de chuvas, adverte Fetag

Foto: Fetag/Arquivo

Por conta da estiagem que atinge cidades gaúchas, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS) encaminhou um ofício ao presidente Jair Bolsonaro, à ministra da Agricultura, Teresa Cristina, ao governador Eduardo Leite e ao secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, informando a gravidade da situação e pedindo atenção especial aos agricultores.

O presidente da Federação, Carlos Joel da Silva, sustenta que a situação é muito grave e que as plantações de soja, milho e tabaco foram seriamente afetadas pela escassez de chuvas. Ainda conforme ele, lavouras também já foram perdidas e os agricultores devem solicitar junto aos agentes financeiros o pedido do Proagro (Programa de Garantia da Atividade Agropecuária).

Já a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural criou um grupo de acompanhamento para tratar dos efeitos e discutir soluções que possam amenizar os prejuízos decorrentes da estiagem. Durante reunião, ficou decidido que a Emater vai desenvolver, ao longo da semana, um acompanhamento aprofundado da situação da safra do milho e da soja. Conforme informou a Pasta, a avaliação vai servir para que seja possível ter uma visão mais ampla do cenário, já que impacta diretamente na produção de carne e leite.

O secretário em exercício, Luiz Fernando Rodrigues Júnior, lembrou que a estiagem é uma ocorrência relativamente comum nessa época e que, nos últimos sete anos, não houve episódios suficientes de falta de chuva para prejudicar a produção agrícola de forma significativa. Ele destacou ainda que a Secretaria conta com o programa Mais Água Mais Renda, que auxilia produtores rurais a adquirir e licenciar sistemas de irrigação nas propriedades.

Na próxima quinta-feira, às 14h, ocorre uma reunião na sede da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) com todas as entidades do setor e o governo gaúcho para debater e encaminhar possíveis soluções para o problema.

Conforme dados disponibilizados pelo Centro de Meteorologia do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, a chuva deve retornar na primeira quinzena de janeiro. Rodrigues Júnior disse, ainda, que deve haver recuperação do regime de chuvas em fevereiro.