Milhares de pessoas tomaram as ruas de Bagdá, neste sábado (4) para prestar as últimas homenagens aos líderes militares mortos em um ataque norte-americano na última quinta-feira (2). Entre os mortos estão o principal general do Irã, Qasem Soleimani, líder da Guarda Revolucionária do país, e o chefe da milícia iraquiana, Abu Mahdi al-Muhandis.
A procissão fúnebre foi realizada no santuário do Imam Moussa al-Kadhim, na capital do Iraque.
Ataque
Soleimani, al-Muhandis e outras cinco pessoas foram mortos em um ataque ao comboio em que estavam nas proximidades do aeroporto de Bagdá. O Pentágono confirmou a autoria do bombardeio e justificou que o “general Soleimani estava desenvolvendo ativamente planos para atacar diplomatas e militares americanos no Iraque e em toda a região”.
Nesta sexta-feira, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que o bombardeio foi um “aviso aos terroristas”. “Se você dá valor a própria vida, você não vai arriscar contra a vida do povo americano”.
Vingança
O presidente do Irã, Hassam Rouhani, declarou que o ataque norte-americano foi um “ato covarde” e “outro sinal da frustração e desamparo da América na região”. Rouhani prometeu retaliação pelo ataque.
Nas ruas, milhares de iranianos se manifestaram em diferentes cidades do país, em protesto contra os Estados Unidos. No centro de Teerã, em frente à mesquita do complexo de Mosala, os manifestantes gritavam palavras de ordens como “morte aos EUA” e “morte a Israel”, além de exigirem vingança por parte da Força Quds.