O presidente do Irã, Hassam Rouhani, declarou nesta sexta-feira (3) que o ataque norte-americano que matou o general Qasem Soleimani foi um “ato covarde” e “outro sinal da frustração e desamparo da América na região”.
Rouhani prometeu retaliação pela morte do general, que ocorreu nesta quinta-feira (2) durante um bombardeio das forças norte-americanas perto do aeroporto de Bagdá, capital do Iraque. Além de Soleimani, o ataque matou o comandante da milícia iraquiana, Abu Mahdi al-Muhandis, e outras cinco pessoas.
“Sem dúvida, a grande nação do Irã e outras nações livres da região se vingarão por esse crime terrível dos americanos criminosos”, disse o presidente iraniano em comunicado publicado pela agência de notícias oficial do país.
Segundo a rede de notícias CNN, Rouhani definiu Soleimani como “herói da história iraniana” contra o terrorismo.
“Eu condeno esse ato cruel, mas ao mesmo tempo honro o brilhante serviço desse corajoso e duradouro herói da história do Irã que defendeu a integridade territorial do país e liderou a luta contra o terrorismo e o extremismo na região”.
Nesta sexta-feira, o Pentágono assumiu a responsabilide pelo ataque, alegando que Soleimani e sua equipe causaram a morte de centenas de norte-americanos e membros do serviços de coalizão.
“A brutalidade e estupidez das forças terroristas americanas, aterrorizadas pelo comandante Soleimani sem dúvida, fortalecerão a árvore da resistência na região e no mundo”, disse ministro em comunicado.
Zarif enfatizou que o Ministério das Relações Exteriores do Irã usaria todas as suas capacidades políticas, legais e internacionais para responsabilizar os EUA pelo que chamou de “crime óbvio”.
Mais cedo, pelo Twitter, Zarif classificou o bombardeio de “ato de terrorismo internacional” e uma “escalada extremamente perigosa e imprudente”. Ele ainda disse que os “EUA são responsáveis por todas as consequências”.
Hamas
O Hamas também condenou a morte do comandante iraniano e cusou os Estados Unidos de plantar “sementes de tensão na região”.
Em comunicado, a organização, que opera na Cisjordânia e Gaza, descreveu Soleimani “como um dos líderes militares iranianos mais importantes, com um papel de destaque no apoio à resistência palestina em vários campos”.