Itamaraty estima que 150 brasileiros estejam no Irã e recomenda “cautela”

Irã promete vingança "no lugar e na hora certos" a ataque aéreo norte-americano

Foto: EBC

O Ministério de Relações Exteriores estima que a comunidade brasileira em território iraniano seja de 150 pessoas, entre turistas e residentes no país. O portal consular do Ministério das Relações Exteriores orienta que “cidadãos brasileiros devem viajar ao Irã com alto grau de cautela.”

A embaixada do Brasil em Teerã, capital do Irã, informou que segue monitorando o cenário local de segurança e informando sobre a necessidade de alteração das recomendações.

A situação no país está sendo acompanhada pelo mundo após um ataque dos EUA matar o comandante da força Quds do Irã, Qassem Soleimani, nessa quinta-feira. Em comunicado, o Pentágono afirmou que o general Soleimani desenvolvia “ativamente planos para atacar diplomatas e militares americanos no Iraque e em toda a região”.

Irã promete vingança “no lugar e na hora certos”

Após o ataque, o presidente do Irã, Hassam Rouhani, declarou que o ataque norte-americano se tratou de um “ato covarde” e “outro sinal da frustração e desamparo da América na região”.

Em um comunicado, o Conselho Supremo de Segurança Nacional iraniana, a mais alta instância da área no país, elevou o tom após o bombardeio dos Estados Unidos que matou o general Soleimani e um líder pró-Teerã no aeroporto internacional de Bagdá. “A América deve saber que seu ataque criminoso contra o general Soleimani foi o mais grave erro do país. Estes criminosos sofrerão uma dura vingança no lugar e na hora certos”, declarou.

O texto segue a linha da declaração do guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, que pediu “severa vingança” pela morte de Soleimani. Ele já nomeou um substituto de Soleimani para liderar a Al-Quds, o general de brigada Esmail Qaani.

Israel elogia Trump 

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, elogiou nesta sexta os Estados Unidos e o presidente Donald Trump por terem matado o principal comandante iraniano. “Apoiamos completamente os Estados Unidos em sua justa batalha por segurança, paz e autodefesa”, disse a repórteres antes de deixar a Grécia para voltar ao país, em caráter de urgência. “Trump é digno de apreciação total por agir com determinação, força e rapidamente”, completou Netanyahu.