A Mesa Diretora da Câmara de Porto Alegre para 2020 tomou posse, no fim da tarde desta quinta-feira. A presidência do Legislativo vai ser exercida pelo vereador Reginaldo Pujol (DEM). Pela primeira vez, um parlamentar que integra o chamado bloco independente assume o comando da Casa. Aos 80 anos, Pujol é chamado de decano, na Câmara, em função da larga experiência na vida pública.
Durante a posse, Pujol utilizou a tribuna por cerca de dez minutos e destacou os trabalhos que serão realizados ao longo de 2020. “Eu quero falar para a oposição e para o governo, que sempre tive muito orgulho de pertencer a esta Casa e este meu orgulho aumenta, agora, vindo a presidi-la. Quero desde logo dizer que as vezes a gente pode divergir, mas nunca devemos queimar todas as pontes para encontrar a harmonia logo adiante”, mencionou.
Até a legislatura anterior, as quatro maiores bancadas mantinham rodízio na indicação de um representante, cada, para presidir a Câmara. No acordo de 2017, porém, o PT teve a vaga preterida pela do bloco independente, formado pelo DEM, PSD, Rede, PSB e Republicanos, que se uniram para revezar a alternância de poder no Parlamento.
Ao questionar a manobra, o PT acionou a Justiça. Em primeira instância, o partido saiu vitorioso, mas o Tribunal de Justiça reverteu a decisão. A Corte estadual não apontou irregularidades no fato de partidos com representação menor terem formado um bloco para disputar o comando da Câmara. Na atual legislatura, o PT também ficou impedido de presidir as comissões permanentes da Casa.
Mesa Diretora
Além de Pujol, compõem a Mesa Diretora de 2020, como vice-presidentes, os vereadores Paulo Brum (PTB) e Lourdes Sprenger (MDB), e como secretários João Carlos Nedel (PP), Márcio Bins Ely (PDT) e Airto Ferronato (PSB). O rodízio da presidência começou com Cassio Trogildo (PTB), seguindo com Valter Nagelstein (MDB) e Mônica Leal (PP).
Nascido em 1939, em Quaraí, Reginaldo da Luz Pujol é um dos parlamentares que acumula maior número de mandatos no currículo: oito – dois deles pela Arena (1972 e 1976); quatro pelo PFL (1992, 1996, 2000 e 2004); e dois pelo Democratas (2012 e 2016). Para 2020, ele já manifestou vontade de não disputar o pleito.