Caso Amarildo: PM condenado ganha liberdade condicional

Major da Polícia Militar do Rio de Janeiro era o comandante da UPP da Rocinha e teria sido o responsável por abordar o pedreiro em julho de 2013

Foto: Arquivo/Agência Brasil

O policial militar Edson Raimundo dos Santos, condenado a mais de 13 anos por torturar, matar e esconder o corpo do pedreiro Amarildo de Souza, em 2013, na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, recebeu a liberdade condicional e deve cumprir o resto da pena livre.

O major da Polícia Militar do Rio de Janeiro era o comandante da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha e teria sido o responsável por abordar o pedreiro, em 14 de julho de 2013, e levar para sede da unidade policial para suposto interrogatório.

Na UPP do Alto da Rocinha, na zona sul do Rio, o pedreiro foi torturado até a morte. Os policiais militares ainda desapareceram com o corpo de Amarildo — que nunca foi localizado.

Três anos depois, 12 dos 25 policiais militares envolvidos no crime foram condenados pela Justiça do Rio de Janeiro pelos crimes de tortura seguida de morte, ocultação de cadáver e fraude processual. A maior pena foi para o major Santos, quem comandava a unidade policial.

A Justiça também condenou o Estado do RJ a pagar uma indenização de R$ 500 mil para cada um de seus seis filhos e para sua companheira e R$ 100 mil para cada um de seus quatro irmãos, além de uma pensão mensal equivalente a dois terços do salário mínimo para a viúva. O Estado chegou a recorrer, mas a decisão foi mantida.

Em março deste ano, no entanto, a 8ª Câmara Criminal da Justiça do Rio de Janeiro absolveu quatro PMs que haviam sido condenados. Após a decisão em segunda instância, portanto, foram libertados os ex-PMs Jairo da Conceição Ribas e Fábio Brasil da Rocha e as soldadas Rachquel de Souza Peixoto e Thaís Rodrigues Gusmão.