Calor e feriados de fim de ano esvaziam Porto Alegre

Na Capital, tarde quente de segunda-feira fez com que cenário lembrasse cidades do Interior do Estado

Redenção é um dos tantos pontos da cidade sem movimento | Foto: Mauro Schaefer

O Centro de Porto Alegre lembrava uma cidade de interior durante a tarde desta segunda-feira. O trânsito frenético, as calçadas lotadas e o fluxo de pessoas pelas ruas, deu lugar a uma cidade com ar bucólico e com bem menos gente do que o habitual, consequência do feriado de réveillon, que levou muitas pessoas a deixarem a Capital durante o final de semana.

Com menos pessoas na cidade, tarefas que normalmente são demoradas ficaram muito mais rápido, como por exemplo ir ao banco. A situação em Porto Alegre era tão tranquila que a funcionária pública aposentada, Vera Regina Medeiros Correa Porto, 55 anos, veio de Parque Eldorado, cidade na região Metropolitana, para resolver questões bancárias na Capital.

Durante a tarde Vera esteve em pelo menos três agências de diferentes instituições, e em todas o atendimento foi muito rápido. “Está muito bom, não demorei nem 10 minutos em cada banco, consegui pagar todas minhas contas.” Segundo ela, as filas ficaram mesmo em outras cidades. “No interior está bem complicado, em Parque Eldorado tem muita fila.”

Além dos que deixaram a cidade, outro fator foi determinante para as ruas vazias na tarde de ontem, o forte calor que marcou presença mais uma vez. Por volta das 14h os termômetros chegaram a marcar 35,9º de acordo com Metsul Meteorologia, o que espantou as pessoas das ruas. Tanto a Orla do Gasômetro como o Parque Farroupilha (Redenção) ficaram vazios durante a tarde, sem sequer a presença dos adolescentes que costumam se banhar no espelho d’água ou no Guaíba.

Na Orla, os poucos que se arriscaram apelaram para bebidas muito geladas como forma de suportar a temperatura. As temperaturas tiveram impacto direto nas vendas de Leandro Oliveira, 42 anos, proprietário de um dos bares que localizados no Gasômetro. De acordo com ele, os clientes optam cada vez menos por comida e as vendas se concentram em água e chopp. “Atualmente sai muita bebida e picolé, a procura por comidas baixou muito.”

Oliveira garante que os refrigerantes ainda não estão entre os favoritos dos frequentadores, que preferem água ou o chopp, ambos gelados, para encarar o calor. E para conseguir melhorar as vendas de comida durante os próximos meses de calor, ele diz que já pensa em mudanças no cardápio. “A partir de janeiro vamos optar por pratos mais leves, como saladas.”