CNJ cria grupo para avaliar criação de “juiz das garantias” após sanção de Bolsonaro

Mecanismo prevê que o magistrado responsável pela condução do processo não seja o mesmo que profere a sentença

Foto: Divulgação/CNJ

O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, determinou hoje a criação de um grupo de trabalho para avaliar a aplicação do mecanismo de juiz das garantias, previsto no projeto anticrime aprovado pelo Congresso em dezembro e sancionado, pelo presidente Jair Bolsonaro, na terça-feira passada.

Com a medida, o CNJ deve apresentar formas de regulamentação da questão até meados de janeiro de 2020. Pela lei, a atuação do juiz das garantias passa a valer no dia 23 de janeiro, 30 dias após o ato de sanção da norma.

O mecanismo prevê que o magistrado responsável pela condução do processo não seja o mesmo que profere a sentença do caso. O juiz que atuar na função deve analisar somente pedidos de prisão, quebra de sigilo bancário e telefônico, busca e apreensão e outras medidas.

Após a sanção, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) afirmou que criação do juiz das garantias é inconstitucional e que vai recorrer ao STF para suspender a aplicação da norma.