Morales prega que, legalmente, ainda é presidente da Bolívia

Para ele, renúncia tinha de ser aceita ou rejeitada pelo Legislativo

Evo Morales renunciou após sofrer pressão das Forças Armadas | Foto: Divulgação/Cancillería Ecuador
Foto: Divulgação/Cancillería Ecuador

O ex-presidente Evo Morales afirmou hoje que continua sendo chefe do governo da Bolívia, já que a renúncia nunca chegou a ser aceita ou rejeitada pelo Congresso. Morales falou em entrevista à imprensa no Centro Cultural da Cooperação, em Buenos Aires.

O ex-presidente está na Argentina há uma semana, na condição de refugiado. Ele renunciou à Presidência da Bolívia em 10 de novembro e asilou-se, primeiro, no México.

Morales havia sido eleito para mais um mandato presidencial em 20 de outubro, mas o pleito acabou anulado após a constatação de graves irregularidades e fraude, indicadas por uma auditoria da Organização dos Estados Americanos (OEA), concluída no mês passado.

Nesta quinta-feira, em mensagem no Twitter, ele escreveu que, legalmente, continua sendo presidente da Bolívia, porque não teve a renúncia “considerada pela Assembleia Legislativa, como dispõe o Artigo 161 número 3 da Constituição Política do Estado”.

Além disso, Morales disse que não foram cumpridos os procedimentos para uma sucessão constitucional, razão pela qual a senadora Jeanine Áñez proclamou-se ilegalmente presidente após a renúncia dele.

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