O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje, que o governo não vai enviar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) nova em torno da reforma tributária. O que se pretende é incluir as sugestões do governo no texto a ser elaborado por uma comissão especial, com a junção das PECs em tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado.
Mais cedo, os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Eduardo Maia, informaram que, amanhã, vai ser criada uma comissão mista, formada com 15 senadores e 15 deputados, para conciliar os dois textos em tramitação. A comissão vai funcionar durante o recesso parlamentar.
“É tolice mandar [para o Congresso] outra PEC para tumultuar o jogo. Temos nosso conteúdo, que já estava pronto para ser disparado”, anunciou Guedes.
O ministro disse que a proposta do governo para a reforma tributária foi reconfigurada após a saída de Marcos Cintra da Secretaria da Receita Federal. Ele foi exonerado depois de defender a criação de um imposto semelhante à extinta Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF). Na época, o presidente Jair Bolsonaro descartou a criação da CPMF.
