Deputados do PSL pedem desfiliação visando trocar de partido e ficar com mandato

Deputados dizem estar “sofrendo graves discriminações político-pessoais por parte da direção nacional

Foto: Cleia Viana / Câmara dos Deputados

Após serem suspensos ou advertidos pelo PSL no último mês, 26 deputados da ala bolsonarista entraram, nesta terça-feira, com ação declaratória de justa causa para desfiliação do partido sem perda do mandato.

No documento protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os deputados dizem estar “sofrendo graves discriminações político-pessoais por parte da direção nacional do PSL”. O grupo justifica que essas atitudes “ultrapassaram todos os limites de uma convivência harmoniosa partidária, dadas as constantes ofensas à dignidade e à imagem pública dos requeridos” e, em relação aos recursos públicos do partido, também devido ao “descompasso contra a moralidade, a transparência e a publicidade”.

O PSL soma, atualmente, a maior bancada da Câmara, junto à do PT, com 53 parlamentares. Se todos os 26 conseguirem a desfiliação sem perda de mandato, o partido perde pouco menos da metade das cadeiras, ficando com 27, o que o torna a 8ª bancada.

Assinaram a Ação os deputados Alê Silva, Aline Sleutjes, Bia Kicis, Bibo Nunes, Cabo Junio Amaral, Carla Zambelli, Carlos Jordy, Caroline de Toni, Coronel Armando, Coronel Chrisóstomo, Cris Tonietto, Daniel Freitas, Daniel Silveira, Eduardo Bolsonaro, Filipe Barros, General Girão, Guiga Peixoto, Hélio Lopes (Negão), Léo Motta, Luiz Lima, Luiz Ovando, Luiz Philippe de Orléans e Bragança, Major Fabiana, Major Vitor Hugo, Márcio Labre e Sanderson.