MDB aponta barreiras para votar pacote de Eduardo Leite

Partido indicou que projeto dos professores e dos militares devem ficar para 2020

Edson Brum e Fábio Branco, do MDB, comentaram dúvidas jurídicas da bancada sobre o pacote de Leite | Foto: Celso Bender/ALRS
Edson Brum e Fábio Branco, do MDB, comentaram dúvidas jurídicas da bancada sobre o pacote de Leite | Foto: Celso Bender/ALRS

Deputados integrantes da bancada do MDB deixaram com semblante fechado a reunião na qual discutiram a forma de apoio que concederão ao pacote de medidas para revisão das carreiras e da previdência do funcionalismo, no início dessa tarde, na Assembleia Legislativa. Eles foram recebidos no Palácio Piratini pelo governador Eduardo Leite para quem comunicarão a posição da bancada, ainda na tarde de hoje.

Os indicativos são de que o apoio seja parcial. Matérias sobre a carreira dos professores e, principalmente, da previdência dos servidores militares prosseguem como barreiras para a obtenção dos votos do MDB. Único a falar rapidamente após a reunião de bancada, Tiago Simon apontou não haver problema, na visão do MDB, em votar parte dos projetos que compõem o pacote em janeiro e com mais tempo para ajustes.

O MDB é considerado importante nessa discussão por ser o maior partido da base aliada, com oito deputados, e ter poder de pressão. Para complicar a situação, o deputado Fábio Branco, líder do partido, postou na rede social dois “episódios” que causaram mal-estar na base do partido. Como um vídeo com críticas ao governador anterior, José Ivo Sartori, do MDB, e quem ele (Leite) sustenta não ter colocado a folha em dia porque teve que quitar folhas salariais pendentes. “Na quarta passada, o governador postou em suas redes sociais um vídeo em que o ministro Paulo Guedes afirma que o governador herdou uma situação dramática, com gastos fora do lugar”, escreveu o líder do MDB.

Sete dos oitos projetos que fazem parte do pacote passarão a trancar a pauta de votações na Assembleia Legislativa, nesta terça-feira.