Eduardo Leite reitera que não há plano B para reforma administrativa

Governador se reúne, nesta tarde, com a bancada do MDB para debater pontos do pacote, que tranca a pauta da Assembleia a partir desta terça

Foto: Alina Souza / CP Memória

A tarde e noite desta segunda-feira serão de muitas reuniões e negociações para o governador Eduardo Leite. O principal encontro é com a bancada do MDB, previsto para esta tarde, a fim de debater os diversos pontos do pacote de reforma administrativa. “Nós estamos em permanente conversa, em permanente condição de diálogo. Antes mesmo de protocolar os projetos nós já tínhamos iniciado um debate. Como já projetávamos que a votação da reforma da previdência demoraria, nos antecipamos para que todos conhecessem esta reforma”, disse Eduardo Leite ao Esfera Pública, da Rádio Guaíba, nesta segunda-feira.

Pelo fato de trancarem a pauta, as proposições podem ser votadas a partir desta terça pela Assembleia Legislativa. Confiante na aprovação das propostas, Leite disse que não há plano B. “O Rio Grande do Sul tem a pior situação fiscal do Brasil. Não é uma pressa do governo. É uma pressa do Estado. Protocolamos o projeto há um mês atrás, antes falamos publicamente sobre ele, debatemos, foi tempo suficiente para se formar convicções. E acho que está maduro para que se leve ao plenário”, comentou.

O governador disse que vem se reunindo com representantes do Cpers Sindicato desde o início do ano. “Antes mesmo de conhecer os projetos no detalhe, fizeram uma assembleia em que definiram greve, seja qual fosse a proposta. Rompeu o diálogo com o governo. O Cpers não é dono da educação. Eu respeito a sua legitimidade, mas no momento em que deflagrou greve, rompeu o diálogo”, lamentou.

Leite defendeu que o número de professores beneficiados chega a 20 mil, já no ano que vem, com aumento do salário de R$ 2.557 para R$ 2,9 mil com a nova tabela. O governador estima que, em três anos, serão beneficiados 40 mil docentes, além dos que receberão reajuste de R$ 44 para R$ 120 de abono família e isenção de taxa de vale-alimentação para quem ganha até R$ 2 mil.