A Promotoria de Justiça de Mostardas denunciou oito pessoas pela chacina que deixou cinco mortos, em 10 de agosto, em uma boate do município, no litoral Norte. O crime ocorreu na praia da Solidão. Foram assassinados Bruna Jaqueline dos Santos Dutra, Guilherme Lemos Costa, José Antônio Colares Machado, Sabrina Cardoso dos Reis e Marcelo Marques da Silva. Outras quatro pessoas – Emerson Pereira Chaves, Jaine Samia Miliano de Souza, Lisa Giovana Alves Jardim da Silva e Valter Alexandre Hansel – foram vítimas de tentativa de homicídio, no mesmo local.
A denúncia cita que os detentos Cristiano Soares da Silva e Felipe Vieira ordenaram a chacina. Ambos cumprem pena, respectivamente, nas penitenciárias de Osório e Charqueadas, e fazem parte de uma facção criminosa que se espalhou pelo Rio Grande do Sul. Além deles, foram denunciados Douglas Pereira Braga, Eni da Rosa Oliveira, Fábio Lopes Centeno, Maition Sidri da Silva, Marcos Vinícius Santaiana e Misáel Rosa.
De acordo com o Ministério Público (MP), dias antes de o crime ocorrer, o grupo passou a realizar a divisão de tarefas para a venda de drogas com o objetivo de manter o domínio de território, inclusive executando rivais e até mesmo pessoas sem vinculação com o tráfico.
A denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Camilo Vargas Santana, sustenta que os homicídios foram triplamente qualificados: por motivo torpe – em razão do tráfico e pela disputa de domínio de território –, mediante emboscada e com uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas.
Antes de saírem da boate, os denunciados ainda roubaram um celular, bebidas e pacotes de cigarro.
