Associações representativas de militares estaduais, familiares dos policiais e reservistas podem reunir 10 mil pessoas, na Praça da Matriz, nesta quinta-feira. O objetivo, conforme o presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros (Asofbm), coronel Marcos Paulo Beck, é pressionar o Legislativo a rejeitar o pacote emergencial encaminhado pelo governo, com alterações em planos de carreira e regras de aposentadoria. Pelo menos 170 ônibus devem trazer policiais e apoiadores de cidades do Interior.
A concentração vai começar, às 12h, na praça Brigadeiro Sampaio, nas proximidades da Usina do Gasômetro. Na sequência, às 13h, os policiais partem em caminhada em direção à Matriz, onde fazem assembleia geral. O ato congrega seis entidades: Abamf, Asstbm, Abergs, Asofbm, Aofergs e Aesppom.
“O governo acha que segurança pública é gasto. Segurança é investimento!”, disse Beck, reforçando que o grupo pretende “mostrar para os deputados, principalmente da base aliada, que nada sobrevive sem segurança.” Ele ainda lamenta a falta de apoio na Assembleia: “nós temos procurado deputados, mas nós só temos a força das palavras e do bom senso. Mas não temos dinheiro para emendas, e alguns são difíceis de convencer”, falou.
O presidente ainda ressaltou que a Brigada Militar é parte da história do Rio Grande do Sul, e que os direitos conquistados ao longo dos anos pela categoria não vêm sendo respeitados pelos governos. “A BM tem efetivo aquém do necessário, o gaúcho tem medo, os pais tem medo pelos filhos, as pessoas tem medo nos pontos de ônibus”, disse, reforçando que a categoria vai seguir pressionando deputados e o governo pela retirada do pacote da pauta.
