Após delação, acusado de invadir celular de Moro vai deixar prisão

Luiz Molição deve usar tornozeleira eletrônica como uma das medidas cautelares impostas no acordo de delação

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

A Justiça autorizou o estudante Luiz Molição, um dos suspeitos invadir celulares e aplicativos de autoridades, a deixar a prisão.

A decisão, proferida ontem, é da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, após a homologação do acordo de delação feito pelo acusado. A Justiça não divulgou a data em que ele sai da cadeia. Pelo acordo, Molição deve usar tornozeleira eletrônica como uma das medidas cautelares impostas no acordo.

Em julho, o estudante e mais três investigados foram presos durante a Operação Spoofing, da Polícia Federal, sob a acusação de invadir o celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e do procurador Deltan Dallagnol, entre outras autoridades. Os acusados também são suspeitos de interceptar e divulgar parte das comunicações do ministro.

A operação ganhou o nome de Spoofing, expressão relativa a um tipo de falsificação tecnológica, que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é.

De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o ministro percebeu a tentativa de invasão no dia 4 de junho deste ano, quando recebeu uma ligação do próprio número. Após a chamada, Moro recebeu novos contatos por meio do aplicativo de mensagens Telegram, que o ministro garante ter deixado de usar em 2017. Imediatamente, o ministro abandonou a linha e acionou a Polícia Federal.