O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) informou, na tarde desta segunda-feira, que vai coletar, amanhã, amostras de água no arroio Dilúvio, nos cruzamentos com as avenidas João Pessoa e Praia de Belas, a fim de identificar a causa de mais uma mortandade de peixes, ocorrida nessa madrugada. Conforme a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams), uma das causas prováveis é a falta de oxigênio na água devido à decomposição da matéria orgânica, proveniente do despejo de esgoto irregular. Conforme a Pasta, alterações de temperatura e do pH da água, também podem ser fatores desse tipo de ocorrência.
A Smams apontou que, desde a nascente, em Viamão, o Dilúvio recebe esgoto, especialmente pelas ocupações irregulares existentes no entorno do arroio.
O Dmae acrescentou que trabalha em obras de implantação de redes coletoras de esgoto no sistema de esgotamento sanitário Ponta da Cadeia, o que impacta diretamente na bacia do arroio Dilúvio.
A ligação de esgoto na canalização correta, porém, é responsabilidade do morador, sendo fundamental a participação da população. Em muitos locais a rede de esgoto cloacal passa em frente ao imóvel e a casa não está ligada corretamente.
Perto do ponto onde os peixes apareceram mortos, a Ecobarreira, projeto do DMLU com a empresa Safeweb, já recolheu que quase 600 toneladas de resíduos, desde 2016.
Morte de peixes
Esse é o segundo episódio de mortandade de peixes, em menos de duas semanas, no Dilúvio. Em 21 de novembro, dezenas de animais foram encontrados sem vida próximo à barreira ecológica. Na ocasião, a secretaria atribuiu “à decomposição da matéria orgânica” como causa das mortes.
