O vice-presidente nacional do PSL, Antonio de Rueda, entrou em contato com o governador Eduardo Leite (PSDB) e garantiu que a legenda permanece na base aliada. A manifestação de Rueda atendeu a decisão de correligionários gaúchos, um dia depois que o presidente estadual do PSL, deputado federal Nereu Crispim, comunicou o desembarque da coalizão.
Nessa sexta-feira, Crispim assinou ofício, comunicando a saída do PSL da base aliada. A decisão pegou os integrantes do partido de surpresa. Em seguida, a bancada do partido tornou público o apoio ao governo tucano e chamou de unilateral a decisão do presidente estadual. Criticado, Nereu Crispim deve enfrentar um processo no Conselho de Ética do PSL.
Com três deputados na Assembleia e um secretário no primeiro escalão, o ex-partido do presidente da República, Jair Bolsonaro, vem dando suporte a votações do governo Leite no Parlamento. Foi o que enfatizou o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ruy Irigaray.
“O PSL é base do governo e simplesmente o deputado Nereu Crispim, de forma unilateral, tomou uma decisão que contradiz o Estatuto do partido, sem consulta interna, dizendo que o PSL estava fora do governo. Como não teve validade nenhuma esta atitude, o vice-presidente nacional ligou para o governador Eduardo Leite dizendo que aquela atitude não condiz com a parceria do PSL com o governo do Rio Grande do Sul”, endossou.
Na próxima quinta-feira, Antonio de Rueda se reúne pessoalmente com Eduardo Leite para reiterar lealdade à base governista.
Rifado pelos colegas de PSL, Nereu Crispim, que teve direito a pelo menos dez indicações no governo estadual, pode ter os cargos revistos após a nota assinada nessa sexta-feira. Como justificativa para o desembarque, Crispim alegou contrariedade ao pacote apresentado pelo Palácio Piratini, que impacta diretamente no plano de carreira e no estatuto dos servidores da educação e segurança pública.