O presidente estadual do PSL, deputado federal Nereu Crispim, assinou ofício, nesta sexta-feira, comunicando a saída do partido da base do governo de Eduardo Leite. Como justificativa para o desembarque, o partido mostrou contrariedade ao pacote apresentado pelo Palácio Piratini, que impacta diretamente no plano de carreira e no estatuto dos servidores da educação, saúde e segurança.
“Durante a campanha, divulgamos que precisávamos mais educação mais segurança e mais saúde. Não podemos penalizar professores e a Brigada Militar”, justificou Crispim.
Assim como em âmbito federal, contudo, PSL também está rachado no Rio Grande do Sul, fazendo com que a medida seja questionada internamente.
O partido conta com três deputados na Assembleia: Capitão Macedo, Luciano Zucco e Vilmar Lourenço. No primeiro escalão, Ruy Irigaray, que também se elegeu deputado, comanda a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo. A saída dele resultou na entrada do suplente, Rodrigo Lorenzoni (DEM).
Embora Nereu Crispim tenha encampado o desembarque do governo, deputados do partido divergem sobre o teor do comunicado. Deputado mais votado, Zucco ficou surpreso com o teor do ofício e mostrou estranheza com a posição tomada, segundo ele sem consulta interna.
Já Vilmar Lourenço defendeu posição de neutralidade. “Sempre estive disposto a apoiar medidas para tirar o Rio Grande do Sul da crise econômica, moral e ética. Em algumas ocasiões, já votamos até mesmo de forma independente os projetos do Governo do Estado dentro da bancada do PSL. Na ocasião da entrada do deputado Ruy Irigaray no Governo Leite, eu e o deputado tenente-coronel Zucco fomos contrários ao ato. Para mim, o Rio Grande do Sul e o povo gaúcho estão acima de tudo”, frisou.