PF indicia Bivar por esquema de candidaturas laranja no PSL

Investigações concluíram que foram omitidas movimentações de recursos do fundo partidário através de três candidatas sem expressão, em Pernambuco

Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado

A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira o deputado federal Luciano Bivar, presidente nacional do PSL, por supostas fraudes na aplicação de recursos destinados a candidaturas femininas em Pernambuco. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

Em outubro, o líder do ex-partido do presidente Jair Bolsonaro se tornou alvo da Operação Guinhol, desencadeada pela PF, que apontou indícios de que recursos destinados às candidaturas de mulheres foram usados “de forma fictícia” e “desviados para livre aplicação do partido e de seus gestores”.

As investigações concluíram que o representante do Partido Social Liberal em Pernambuco ocultou, disfarçou e omitiu movimentações de recursos financeiros oriundos do fundo partidário.

Ainda conforme o Estadão, a operação contra o presidente do PSL teve como base um inquérito policial instaurado por ordem do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco para apurar a possível prática de omissão de declarações para fins eleitorais, apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral e associação criminosa.

Em Pernambuco, a PF investiga, desde março, suposto esquema de irregularidades na aplicação do fundo eleitoral da legenda na campanha de 2018.

Autorizada pelo TRE-PE, a apuração envolvia a candidata a deputada federal Maria de Lourdes Paixão, indiciada por ter atuado como laranja para receber R$ 400 mil de verba pública eleitoral – o maior montante recebido por um candidato do partido em Pernambuco e o segundo maior do país, atrás do próprio Bivar, que se elegeu deputado federal. Lourdes recebeu menos de 300 votos no pleito do ano passado.

Nessa quarta-feira, a Corte reprovou as contas da ex-candidata e determinou que ela devolva R$ 380 mil ao fundo partidário.