Subiu para 44 o número de casos confirmados de sarampo em todo o Rio Grande do Sul em 2019. Conforme a Secretaria Estadual de Saúde, outros 17 casos permanecem em análise, enquanto 538 suspeitas foram descartadas (entre elas, casos de rubéola). O Brasil enfrenta surto da doença e já registrou quase 12 mil casos confirmados de sarampo, 90% dos quais concentrados no estado de São Paulo.
Os casos do Rio Grande do Sul foram confirmados em Porto Alegre (13 ocorrências), Cachoeirinha (15), Gravataí (8), Ijuí (2), Alvorada (02), Canoas (2), Dois Irmãos (01) e Tramandaí (01). Os casos mais recentes envolveram moradores de Cachoeirinha (04), Gravataí (03) e Tramandaí (01). Com esses registros, Cachoeirinha ultrapassou a Capital no número de casos.
Quinze pessoas já morreram em decorrência da doença nos últimos meses no país, 14 delas em São Paulo e uma em Pernambuco. Em virtude da gravidade que o quadro clínico pode alcançar, o governo reforça a importância da vacinação – única forma de prevenção da doença, já que não há tratamento específico.
Campanha de vacinação para jovens
Desde o dia 18 até o próximo sábado está em andamento o mutirão para imunizar jovens, com idades entre 20 e 29 anos. Nesta faixa etária, a recomendação é de que tenham sido tomadas duas doses da vacina. O sábado, 30, marca o ‘Dia D’ da campanha, com postos de saúde funcionando em horário especial e unidades móveis oferecendo o soro.
Em Porto Alegre, além dos postos, que vão funcionar das 8h às 17h, uma unidade móvel vai atender a população no Parque Farroupilha (Redenção), das 9h às 16h. De acordo com os dados mais recentes do Núcleo de Imunizações da SMS, na primeira semana da campanha de vacinação de jovens, entre 18 e 22 de novembro, foram aplicadas 2.281 doses de tríplice viral.
A campanha nacional de imunização contra o sarampo para crianças com idades entre seis meses e cinco anos incompletos encerrou em 25 de outubro. Aquela etapa priorizou crianças de seis meses a menores de cinco anos, atingindo 97% de cobertura entre aquelas com até um ano de vida.
Fique atento!
A maior parte dos diagnósticos positivos se dividem entre “origem inconclusiva” ou “sem histórico de viagem e/ou contato com paciente doente” – levando à possibilidade de que sejam autóctones, contraídos em solo gaúcho. O último caso do tipo, oficialmente confirmado pelas autoridades de saúde do Rio Grande do Sul, é de 1999.
O surto é considerado encerrado 90 dias após o registro do último exantema maculopapular, que consiste no surgimento das lesões avermelhadas na pele do doente. Além das lesões, os pacientes podem apresentar tosse, coriza e/ou conjuntivite.