Uma pesquisa realizada pelo Sindicato do Ensino Privado do RS (Sinepe) apontou que o reajuste médio da mensalidade escolar no Estado deve ficar em 7%. O levantamento foi feito entre os dias 4 e 18 de novembro com 145 escolas associadas. A oscilação praticamente acompanha a variação de custos 2019-2020, projetada em 6,8%.
Para efeito de comparação, o reajuste na mensalidade entre 2018-2019 ficou em 6,7%. De acordo com o presidente do sindicato, Bruno Eizerik, as escolas procuram adequar o reajuste àquilo que as famílias terão condições de suportar.
“Quando as escolas vão fixar o valor da mensalidade, trabalham com a planilha de custos e olham para o entorno, a comunidade onde estão inseridas. Por isso que a margem é tão pequena entre o aumento do custo e o do gasto (da instituição)”, explica. Eizerik ainda ressalta que os índices oficiais de inflação não necessariamente são parâmetro. “Se a instituição vai modernizar o parque de computadores, estamos falando de investimento com moeda estrangeira”, comenta.
A pesquisa mostra também que houve aumento nos custos. Ano passado, 84,2% das instituições particulares pesquisadas registraram aumento de despesas superior a 5%, sendo que a média ficou em 9%. Os custos com o pessoal foram, pelo terceiro ano consecutivo da pesquisa, o principal fator na composição da mensalidade, seguido dos gastos com infraestrutura.
Para as instituições de ensino superior, o levantamento da entidade indica avanço de 3,4% na média do valor pago por aluno. A amostragem é de 12 instituições. De 2018 para 2019, o reajuste geral ficou em 4% na educação superior. “No ensino superior a crise ainda continua. As instituições não conseguem investir e estão fazendo cortes para se adequar”, explica Eizerik.