Depois de uma sequência de recordes, a moeda norte-americana caiu pela primeira vez em cinco sessões. O dólar comercial fechou a quinta-feira vendido a R$ 4,216, com recuo de R$ 0,043 (-1%). Ontem, a divisa tinha fechado em R$ 4,259, o maior valor nominal (sem a inflação) desde a criação do real.
Três fatores contribuíram para a queda do dólar. O feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos desinflou as pressões internacionais das últimas semanas sobre o dólar. Já o Banco Central voltou a vender dólares das reservas internacionais pelo quarto dia seguido.
Também propiciou o recuo da moeda a revisão, pelo Ministério da Economia, do saldo da balança comercial – diferença entre exportações e importações – em novembro. Citando um “evento atípico”, a Secretaria de Comércio Exterior revisou as exportações acumuladas neste mês de US$ 9,6 bilhões para US$ 13,498 bilhões.
Com a revisão, a balança comercial saltou de déficit de US$ 1,099 bilhão para superávit de US$ 2,717 bilhões em novembro. Os dados das importações se mantiveram. A melhora no saldo da balança comercial indica que mais dólares entraram no Brasil neste mês, diminuindo as pressões sobre o câmbio.
No mercado de ações, houve recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou a sessão aos 108.165, com alta de 0,42%. Foi a segunda alta consecutiva do indicador, que subiu apesar da queda de ações de bancos após o anúncio do Banco Central de limitar os juros do cheque especial a 8% ao mês.
