A Polícia Federal cumpre, na manhã desta terça-feira, 19 ordens judiciais referentes ao inquérito que apura o homicídio do cacique Antônio Mig Claudino. Ele foi morto em 2017, na Reserva Indígena Serrinha, no município de Ronda Alta.
A Operação Mig conta com a participação de 65 policiais federais. São nove mandados de prisão e 10 de busca e apreensão nos municípios gaúchos de Pelotas, Ronda Alta, Planalto, Constantina e Três Palmeiras e em Chapecó (SC).
Conforme as investigações, o crime foi planejado. Os autores também visaram prejudicar as investigações. De acordo com a PF, ao menos uma testemunha do crime teria participado da ação com o objetivo de atrair a vítima e, depois, fornecer informações desconexas aos policiais.
A investigação indica que dois matadores, que atuam no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, foram contratados por pelo menos quatro indígenas da região para realizar a execução. A motivação era a disputada pela liderança, dinheiro vindo do arrendamento de terras indígenas e vingança.
Durante os dois anos de apuração, foram realizadas diversas diligências, a reconstituição do crime, oitivas de cerca de 60 pessoas, perícias e troca de informações com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
