A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) vai investir R$ 200 milhões em cursos de mestrado e doutorado considerados estratégicos e de relevância para o desenvolvimento regional, na concessão de 1,8 mil bolsas de pós-graduação, a partir de março do próximo ano.
Segundo o presidente da Capes, Anderson Correia, são exemplos de áreas estratégicas energia, mobilidade, saúde, meio ambiente, gestão, indústria 4.0 e defesa nacional.
“Cada estado tem sua particularidade”, disse Correia pouco antes de assinar protocolo de intenções com o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). Ele calcula que as unidades da Federação poderão eleger individualmente de cinco a dez áreas de interesse.
Conforme nota da Capes, a parceria com o Confap vai viabilizar “a elaboração de um programa de desenvolvimento estratégico da pós-graduação”. A Capes vai fazer o aporte de recursos e coordenar a parceira. Cabe ao Confap “ajustar as ações a serem planejadas com os reitores, pró-reitores de pesquisa e pós-graduação, Fundações de Amparo à Pesquisa Estaduais e outros órgãos”.
Terão prioridade cursos de pós-graduação classificados com notas 3 e 4 pela Capes “considerados emergentes e em fase inicial de implantação”, de acordo nota da instituição.
Anderson Correia assinala a intenção de calibrar esses programas de pós-graduação para mitigar as assimetrias no desenvolvimento acadêmico, científico e tecnológico. A Capes também mostra interesse em atrair parceiras regionais com a iniciativa privada.
Ao anunciar o investimento, o presidente da Capes deixou claro que o aporte tornou-se viável por alívio nas contas públicas: “Foi possível graças ao descontingenciamento e também às propostas [para o próximo ano] do orçamento da Capes.”
O governo oficializou na semana passada o descontingenciamento (desbloqueio) de R$ 13,976 bilhões do Orçamento de 2019.