Sociedade de Engenharia cobra ação para destravar investimentos

Presente no evento da Sociedade de Engenharia, o governador Eduardo Leite defendeu a reforma na carreira do magistério.

Sociedade de Engenharia recebeu autoridades na sede do Ministério Público | Foto: Gustavo Chagas/Rádio Guaíba
Sociedade de Engenharia recebeu autoridades na sede do Ministério Público | Foto: Gustavo Chagas/Rádio Guaíba

A Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul promoveu, nesta segunda-feira, o seminário “Desafios, Oportunidades e Dificuldades para atrair investimentos para o RS”. No auditório do Ministério Público, em Porto Alegre, lideranças do setor receberam autoridades municipais e estaduais. A entidade avaliou que a pobreza só será superada com a redução da burocracia e a liberdade para empreender.

Em manifestação, na abertura do evento, o presidente da SERGS apontou que os problemas vividos são fruto de distorções funcionais da estrutura político-administrativa do país. Luís Roberto Ponte cobrou ações das autoridades para reduzir os obstáculos que dificultam ou impedem o aporte financeiro e a execução de obras. “A fim de mudar o juízo generalizado de investidores e operadores da engenharia de que o Rio Grande do Sul é uma terra hostil a investimentos e geração de emprego”, pontuou.

Luís Roberto Ponte citou o exemplo da BR-116, que passa por obras de duplicação entre Pelotas e Porto Alegre. Segundo o presidente da SERGS, a demora no processo custa R$ 2,1 milhões ao dia para a economia gaúcha, além da perda de vidas na estrada.

Defesa de reformas

O governador do Estado participou da abertura do seminário. Eduardo Leite saudou a ação da Sociedade de Engenharia e falou do papel do governo no desenvolvimento do Rio Grande do Sul. O chefe do Executivo fez uma defesa do pacote de reformas na carreira e na previdência de servidores públicos. Os textos foram enviados à Assembleia em meados do mês de novembro.

Segundo o governador, o Estado precisa reduzir o custo da máquina pública para conseguir atrair investimentos. Eduardo Leite citou o caso específico do magistério, que completou uma semana de greve contra o pacote. “Quando se fala em reajuste aos professores, se pensa: ‘vamos melhorar a educação’. Mas se eu der 10% de reajuste no plano atual de carreira do magistério, custa para o Estado R$ 580 milhões por ano”, explicou.

A Prefeitura de Porto Alegre e a Assembleia Legislativa enviaram representantes para o evento, que contou com a presença de lideranças empresariais, engenheiros, servidores públicos e técnicos.