A ex-deputada Manuela D’Ávila participou, neste sábado, de uma reunião do Partido Comunista do Brasil em Porto Alegre. Candidata à vice-presidência da República na chapa do PT em 2018, a política se colocou à disposição para representar uma chapa de esquerda nas eleições municipais de 2020. O PCdoB estuda compor uma frente de oposição ao governo Marchezan com o PT e o PSOL.
Os três partidos ainda não definiram como se dará a escolha do nome que vai representar a coalizão em Porto Alegre. O PSOL defende a realização de prévias eleitorais e já apresentou o nome da deputada federal Fernanda Melchionna como pré-candidata. Manuela é vista com simpatia pelo PT, que pode retribuir o apoio da comunista a Fernando Haddad nas eleições presidenciais.
Processo de participação
Manuela D’Ávila, por sua vez, defende o que chamou de um “amplo processo de participação”. O PCdoB pretende promover assembleias em bairros e um congresso, entre abril e maio. Nesses eventos, porto-alegrenses filiados ou não a partidos seriam convidados a opinar sobre os rumos da cidade.
A ex-deputada se diz aberta a qualquer forma de escolha da candidatura de esquerda e que seu nome não vai atrapalhar a unidade do bloco. “Não dá para, em pleno momento em que falta água em bairros da cidade, em que faltam guardas-municipais nas escolas, em que nós temos o IMESF sendo destruído pelo prefeito, o nome ser o problema da esquerda”, avaliou.
O ex-governador do Estado Tarso Genro (PT) prestigiou o evento do PCdoB, que contou ainda com a representação de outros partidos, como o PDT, com Christopher Goulart, e o PSOL, com Pedro Ruas.