Polícia Civil prende acusado de matar adolescente na Orla do Guaíba

Dois jovens, um de 17 e outro de 19, também envolvidos no crime, já haviam sido detidos na quarta-feira

Foto: Laura Gross/Rádio Guaíba

A Polícia Civil informou, nesta sexta-feira, que prendeu o autor do homicídio de Haderson Júnior Martins Floriano, de 17 anos, esfaqueado no fim da noite de 29 de setembro na Orla Moacyr Scliar, perto da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. Ygor Rodrigues Dupont, de 22 anos, era considerado foragido desde 1º de novembro, quando a Justiça expediu o mandado de prisão. A prisão ocorreu na residência de parentes do acusado, no distrito de Águas Claras, em Viamão. Outros dois envolvidos no crime, um de 17 e outro de 19 anos, já haviam sido detidos na quarta-feira.

A 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa e da 1ª Delegacia de Polícia para o Adolescente Infrator assumiu a investigação. A delegada Roberta Bertoldo explicou que o assassinato teve motivo fútil. “Havia grupos de jovens já influenciados pelo álcool que passaram ambos a entoarem gritos que remetiam a grupos criminosos rivais. Em razão disso houve uma briga generalizada. A vítima veio a óbito por conta de um golpe de um instrumento cortante”, esclareceu. Antes de ser golpeado, Haderson, que não tinha antecedentes criminais, levou chutes e garrafadas e morreu em atendimento no Hospital de Pronto Socorro (HPS).

Com base nos depoimentos de testemunhas, a titular da 2ªDPHPP revelou que a provocação partiu da vítima. “Os adolescentes se intitularam teoricamente de facções criminosas e começaram a se provocar. Devido ao uso disseminado de bebida alcoólica, eles iniciaram a briga”, acrescentou o delegado Thiago Albeche, lembrando que não ficou comprovado que os grupos de jovens efetivamente faziam parte de facções.

A análise das imagens das câmeras de monitoramento da Prefeitura, realizada em conjunto com o Instituto-Geral de Perícias, contribuiu para o esclarecimento do caso, inclusive como prova da participação individual de cada envolvido. “Foi decisivo para o trabalho investigativo”, avaliou delegado.

“As imagens foram fundamentais, junto com os vídeos que circularam nas redes sociais, além do recebimento de denúncias anônimas. Identificamos então que foram realmente eles os autores”, complementou a delegada.