Primeiro dia de greve dos professores tem adesão parcial em Porto Alegre

CPERS deve divulgar primeiro balanço de adesão à greve no fim do dia; Secretaria da Educação ainda não estimou impacto de movimento nas escolas.

Escolas Júlio de Castilhos, Ernesto Dornelles e Luciana de Abreu estavam fechadas, enquanto Dinah Néri Pereira abriu nesta segunda-feira de greve | Foto: Gustavo Chagas/Rádio Guaíba
Escolas Júlio de Castilhos, Ernesto Dornelles e Luciana de Abreu estavam fechadas, enquanto Dinah Néri Pereira abriu nesta segunda-feira de greve | Foto: Gustavo Chagas/Rádio Guaíba

A reportagem da Rádio Guaíba acompanhou o primeiro dia de greve de professores da rede pública estadual. A categoria se mobiliza contra o pacote de reforma administrativa proposto pelo governo do Rio Grande do Sul. Os projetos de lei devem alterar os planos de carreira e de previdência do funcionalismo público.

As escolas Ernesto Dornelles, Júlio de Castilhos e Luciana de Abreu estavam com portões fechados no meio da manhã. Por outro lado, havia movimentação nas escolas Parobé e Dinah Néri Pereira. Na escola Paula Soares, que fica no terreno do Palácio Piratini, o funcionamento era parcial. As instituições ficam na região central de Porto Alegre, em bairros como Centro Histórico, Azenha, Santana e Farroupilha.

Próximos passos da greve

A presidente do CPERS Sindicato afirmou que o balanço do primeiro dia de mobilização deve ser divulgado no final da tarde. A entidade aguarda informações de escolas do interior do Estado. De acordo com Helenir Schürer, professores aproveitaram a segunda-feira para expor a situação da categoria para os estudantes. “Muitas escolas estão recebendo os alunos para explicar o motivo da nossa greve, para pedir apoio”, relatou.

O sindicato pretende ampliar a agenda de reuniões com parlamentares para demonstrar a contrariedade da categoria ao pacote de reformas. No interior, professores devem conversar com vereadores, para que a base eleitoral pressione os deputados estaduais. Entretanto, Helenir Schürer reconheceu a dificuldade para barrar os projetos na Assembleia Legislativa. O plano de reestruturação da carreira do magistério necessita de maioria entre os deputados presentes no plenário, com quórum mínimo de 28 parlamentares. “Eu tenho certeza que nós poderemos reverter alguns votos”, afirmou a presidente do CPERS.

De acordo com a Secretaria Estadual da Educação, está sendo produzido um relatório de adesão à paralisação para orientar pais, professores e diretores sobre o andamento do ano letivo. No entanto, o governo também não estimou a quantidade de escolas e profissionais em situação de greve.