Em assembleia geral extraordinária realizada nessa quinta-feira, em Porto Alegre, juntamente com as demais categorias ligadas ao Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Rio Grande do Sul (Sintergs) e outros sindicatos, os fiscais estaduais agropecuários votaram sim ao indicativo de greve geral. A decisão tem como objetivo lutar contra a desvalorização e o sucateamento do serviço público decorrentes do parcelamento dos salários, que ocorre há mais de quatro anos, e da falta de reposição das perdas salariais. A greve também visa barrar o pacote do governador Eduardo Leite, que pretende retirar direitos dos servidores estaduais. Também ficou definido que no dia 26/11 haverá nova mobilização e nova assembleia para oficializar a greve.
“Esse tempo é importante para começar esta construção conjunta desde já, só assim conseguiremos parar todo o serviço público”, afirma o presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários do Rio Grande do Sul (Afagro), Antônio Augusto Medeiros, que também é diretor de Política Salarial do Sintergs. “As deliberações de todas as assembleias serão unificadas para que possamos construir uma greve com os outros sindicatos e associações que integram a Frente dos Servidores Públicos”, acrescenta o dirigente. Segundo Medeiros, mais uma vez, a Afagro estará empenhada em garantir o sucesso desta greve para barrar o pacote. Historicamente, os fiscais estaduais agropecuários têm grande importância nas mobilizações devido à boa adesão e capacidade de articulação da categoria.
À tarde, com a participação de centenas de servidores da Capital e do Interior, as categorias fazem manifestação em frente ao Palácio Piratini. O Sintergs estima que pelo menos 1.000 servidores ligados ao sindicato estejam presentes no ato unificado, sendo que a metade deles é da Secretaria da Agricultura (Seapdr). Destes, mais de 200 se deslocaram do interior do Estado. O ato unificado também contou com a presença do funcionalismo municipal e federal, além de estudantes.