Polícia dá ordem de prisão a Evo Morales, que denuncia ilegalidade

Também pelo Twitter, um dos líderes do movimento oposicionista, Luis Fernando Camacho, comemorou a emissão da ordem de prisão

Foto: Enzo De Luca/Presidência boliviana

A polícia da Bolívia emitiu uma ordem de prisão contra o presidente Evo Morales, que renunciou ao cargo neste domingo, após um ultimato das Forças Armadas e da própria polícia. O próprio Morales confirmou a ordem de prisão, denunciada como “ilegal” em post no Twitter, e também relatou que teve a casa invadida e saqueada na onda de violência que tomou conta do país.

Também pelo Twitter, um dos líderes do movimento oposicionista, Luis Fernando Camacho, comemorou a emissão da ordem de prisão. De acordo com ele, “policiais apreenderam o avião presidencial e ele [Evo Morales] está escondido; vão atrás dele!”.

A renúncia é o desfecho de uma grave crise política aberta após a declaração de que Morales havia sido reeleito para o quarto mandato consecutivo, resultados que foram contestados pelo opositor, Carlos Mesa, e objeto de auditoria da Organização dos Estados Americanos (OEA).

A escalada de violência teve cenas como a da agressão em praça pública de uma prefeita ligada a Evo Morales e incêndios provocados nas casas de dois governadores do MAS e da irmã do presidente.

Ao anunciar a renúncia, Morales disse que o fazia para evitar que opositores sigam cometendo atos de violência contra familiares e apoiadores.

Asilo

Mais cedo, o chanceler do México, Marcelo Ebrard, informou que se Evo Morales decidir solicitar asilo político após a renúncia à presidência, ela vai ser concedida na embaixada do país em La Paz, onde já foram atendidos 20 membros dos poderes Executivo e Legislativo da Bolívia.