O Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia Civil do RS (UGEIRM) vai promover uma paralisação nos dias 13 e 14 de novembro. De acordo com a entidade, a mobilização é uma resposta da categoria às últimas medidas do governo sobre as finanças do Rio Grande do Sul. O sindicato se une a outras categorias estaduais contrárias as mudanças que pretendem alterar as regras das carreiras e da Previdência do funcionalismo.
“A nossa paralisação é fundamental. Esse pacote destrói toda segurança pública, atinge o dia a dia de todos nós. O pacote não foi pensado. Ele não beneficia ninguém, só a criminalidade”, relata o presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz.
A direção da UGEIRM destaca que as medidas reduzem salários, acabam com a paridade e integralidade e aposentadoria policial. O sindicato ressalta que a paralisação pode anteceder uma greve maior. Nos dias 13 e 14 também serão anunciadas medidas contra o que a categoria chama de ”Pacote do Retrocesso”. Estará em discussão a retomada da Operação Cumpra-se a Lei e o boicote do Programa Qualificar.
Conforme Ortiz, a Operação Cumpra-se a Lei diz respeito aos policiais não realizarem mais operações sem equipamento adequado e recebimento de horas extras, por exemplo. Já o Qualificar é um programa de metas criado pelo Governo para diminuir os indicadores de criminalidade.
A categoria destaca, em seu site, os pontos que considera mais graves nas medidas do Executivo, entre eles, o fim das datas fixas nas promoções, o veto para concessão de licença especial remunerada para pedidos de aposentadoria, retirada de dependentes do IPE Saúde e restrição à atuação sindical. No que se refere a aposentadorias, o sindicato protesta contra a mudança nas alíquotas, base de cálculo, reajuste, aumento da idade e tempo de contribuição.