A Justiça Federal decretou na noite desta sexta-feira a prisão preventiva de seis investigados na Operação Lamanai, deflagrada na última quinta-feira. Eles já estavam presos temporariamente desde o dia 17 deste mês, detidos junto com outros três suspeitos de participação em crimes envolvendo criptomoedas. Segundo a Polícia Federal, os presos eram ligados à empresa Unick Forex, que atuava em Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Caxias do Sul.
De acordo com os dados expostos, a Unick Forex tinha R$ 200 milhões em uma conta bancária. Os valores foram bloqueados. A Polícia Federal ainda apreendeu R$ 53 milhões em moedas virtuais, R$ 747 mil em espécie e R$ 85 mil em moedas estrangeiras. Além disso, foram sequestrados nove imóveis e 48 veículos, com valor estimado em R$ 6 milhões.
Histórico
O inquérito policial foi instaurado em janeiro deste ano. Os investigadores apuraram que os clientes do grupo eram atraídos pela promessa de retorno financeiro na ordem de 100% sobre o valor investido, no prazo de seis meses. A captação de recursos estava estruturada em formato conhecido como de “pirâmide financeira”. No esquema, novos investidores subsidiam os pagamentos de remuneração daqueles que já aplicaram recursos há mais tempo.
A organização já havia sido notificada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que não cometesse práticas não autorizadas. No entanto, a empresa seguiu atuando e teve, na sequência, expedida uma ordem de parada de operações. A determinação também foi ignorada. Ao longo da investigação se evidenciaram outras práticas criminosas, como atos de evasão de divisas, assim como crimes de lavagem de dinheiro, entre outros.
