Sobe para 23 número de casos confirmados de sarampo no RS

Cachoeirinha, Ijuí e Canoas registraram as ocorrências mais recentes

Subiu para 23 o número de casos confirmados de sarampo em todo o Rio Grande do Sul em 2019. Conforme a Secretaria Estadual de Saúde, outros 35 casos permanecem em análise, enquanto 418 suspeitas foram descartadas (entre elas, casos de rubéola). O Brasil enfrenta surto da doença e já registrou 7.972 casos confirmados de sarampo, 90% dos quais concentrados no estado de São Paulo.

Os casos do Rio Grande do Sul foram confirmados em Porto Alegre (9 ocorrências), Cachoeirinha (6), Gravataí (4), Ijuí (2), Dois Irmãos (1) e Canoas (1). Os mais recentes envolveram moradores de Cachoeirinha (4), Ijuí (1) e Canoas (1).

O grupo de Cachoeirinha compreende três jovens de 19 anos e a filha de uma delas, de quatro meses. O caso de Ijuí envolve paciente que teve contato com o primeiro doente registrado na cidade; já a ocorrência de Canoas é considerada isolada.

Quatorze pessoas já morreram em decorrência da doença nos últimos meses, 13 delas em São Paulo e uma em Pernambuco. Em virtude da gravidade que o quadro clínico pode alcançar, o governo reforça a importância da vacinação – única forma de prevenção da doença, já que não há tratamento específico.

A campanha nacional de imunização contra o sarampo encerra nesta sexta, dia 25, mas as unidades de saúde seguem ofertando as doses do soro no restante do ano, como parte do calendário vacinal.

O surto é considerado encerrado 90 dias após o registro do último exantema maculopapular, que consiste no surgimento das lesões avermelhadas na pele do doente. Além das lesões, os pacientes podem apresentar tosse, coriza e/ou conjuntivite.

Vacinação em Porto Alegre 

De acordo com parciais do Núcleo de Imunizações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foram vacinadas 4.831 crianças em Porto Alegre entre os dias 7 e 24 de outubro, vigência da campanha nacional. Do total, 1.977 foram doses administradas em crianças de seis meses a um ano e 2.854 em crianças entre um ano e cinco anos incompletos. A cobertura vacinal parcial é de 79%.

Autóctones x importados

Dos 23 casos confirmados até agora, apenas 8 foram confirmados como importados (ou seja, contraídos fora do Rio Grande do Sul). Os outros 15 diagnósticos positivos se dividem entre “origem inconclusiva” ou “sem histórico de viagem e/ou contato com paciente doente” – levando à possibilidade de que sejam autóctones, contraídos em solo gaúcho. O último caso do tipo, oficialmente confirmado pelas autoridades de saúde do Rio Grande do Sul, é de 1999.