O novo chefe-geral da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) é o pesquisador Roberto Pedroso de Oliveira. A nomeação deve ser divulgada oficialmente no Boletim de Comunicações Administrativas (BCA) da Embrapa, a ser publicado a partir do dia 21. Em reunião de transição realizada na quinta-feira (17), ficou estabelecido o dia 23 de outubro para que o novo chefe assuma suas funções. De acordo com a nova Lei das Estatais, Pedroso permanece no cargo por dois anos, com mandato renovável por mais dois períodos de dois anos.
Pedroso é engenheiro agrônomo, especialista em Biotecnologia, mestre e doutor em Ciências, com concentração em Energia Nuclear na Agricultura, e pós-doutor em Citricultura. É natural de Sorocaba/SP e tem 52 anos. Segundo ele, as futuras ações terão como foco o desenvolvimento regional, a ser trabalhado em conjunto com entidades locais, como o Sindicato Rural de Pelotas, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pelotas, Centro das Indústrias de Pelotas, Associação Rural de Pelotas, prefeituras da região e iniciativa privada.
“A ideia é melhorar tudo que está sendo feito. E com enfoque nas áreas nas quais o centro já é excelência, que seriam os grãos e, dentro dos grãos, o arroz, a soja e iniciando também o trabalho com o milho; a pecuária de leite e de corte; a fruticultura; e a olericultura. Tanto nos sistemas de base familiar, quanto empresarial. E tanto nos sistemas convencional, de produção integrada e orgânica”, afirmou Pedroso.
Sua trajetória como pesquisador teve início em 1994, na Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA). Simultaneamente, também foi colaborador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Atua na Embrapa Clima Temperado desde 2002, onde trabalha com melhoramento genético participativo, produção de mudas em ambiente protegido e sistemas de produção integrada e orgânica de frutas e de óleos essenciais de citros.
Também é Bolsista de Produtividade do CNPq; colaborador na pós-graduação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); e membro do Comitê da Câmara Nacional, Setorial e Temática de Citricultura; da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Citricultura do RS; da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Citricultura do Vale do Caí; da Comissão Técnica Nacional da Produção Integrada de Citros; e da Comissão Estadual de Produção Integrada do RS.
Transição
Pedroso substitui o agrônomo Cleiton Nailton Pillon, que ocupava a Chefia da Embrapa Clima Temperado desde novembro de 2011. Ele permaneceu no cargo por dois mandatos de três anos e, desde o ano passado, estava representando a Unidade até a escolha do novo chefe-geral. Pillon é pesquisador na área de manejo e conservação do solo, desenvolvimento de novos insumos para a agricultura a partir do aproveitamento de co-produtos de processos agroindustriais e plantas bioativas e deve retomar seus trabalhos nessa área.
Para a nova gestão, ainda devem compor a equipe o analista Carlos Leandro Padilha Barneche, na Chefia de Administração; e os pesquisadores Jose Francisco da Silva Martins, na Chefia de Pesquisa & Desenvolvimento; Enilton Fick Coutinho, na Chefia de Transferência de Tecnologia; André Andres, como coordenador da Estação Experimental Terras Baixas (ETB); Luís Fernando Wolf, como coordenador da Estação Experimental Cascata (EEC); e Júlio José Centeno da Silva, como articulador institucional.
Processo seletivo
A Embrapa Clima Temperado é uma das 23 unidades de pesquisa em processo de seleção de chefes até o fim de 2020. A posição é exclusiva a empregados do quadro efetivo da Embrapa que ocupem cargo de nível superior e, no mínimo, possuam mestrado concluído. Os candidatos também precisam ter domínio do inglês, experiência técnico-científica e gerencial, e devem comprovar ausência de antecedentes criminais e de improbidade administrativa.
Embrapa Clima Temperado
A Embrapa Clima Temperado é uma das 43 Unidades de pesquisa da Embrapa distribuídas pelo país. Suas pesquisas estão situadas nos biomas Pampa e Mata Atlântica e suas principais áreas de atuação envolvem temas como sistemas de produção em terras baixas; frutas e hortaliças; mudanças do clima; novos insumos; agrobiodiversidade; sistemas de produção de base ecológica; qualidade ambiental e ordenamento territorial; energias renováveis; tecnologias para sistemas integração Lavoura-Pecuária-Florestas; e Sistemas Agroflorestais. Ao todo, a Unidade abriga em torno de 300 empregados.
Fonte: Embrapa Clima Temperado