Casa Azul: secretário espera desfazer parte de bloqueio no Centro até o fim do mês

Foram concluídos 3/4 da obra de estabilização da fachada do casarão, que fica no cruzamento entre as ruas Riachuelo e Marechal Floriano

Foto: Foto: Maria Ana Krack / PMPA

A Prefeitura de Porto Alegre espera que, pelo menos, em parte, o trânsito volte a fluir, até o fim de outubro, no cruzamento entre as ruas Riachuelo e Marechal Floriano, bloqueado desde maio do ano passado em função do risco de desabamento da chamada Casa Azul, no Centro da cidade.

Hoje, a Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade (Smim) informou que foram concluídos 3/4 da obra de estabilização da fachada do casarão. A empresa executora é a Arquium Construções e Restauro Ltda., que ganhou prazo até dezembro para terminar os serviços, iniciados em abril.

Segundo o titular da Smim, Marcelo Gazen, o principal objetivo é liberar a mobilidade no entorno do prédio, que prejudica motoristas e comerciantes do entorno. “Estamos trabalhando para que seja retomada a circulação de pedestres e veículos o mais rápido possível. Mesmo com a grande quantidade de chuvas registradas nos últimos dias, prejudicando a execução da obra, mantém-se a estimativa de que o trânsito seja liberado, pelo menos parcialmente, até o fim do mês”, explica.

A estimativa de conclusão total da obra, com as mudanças necessárias no projeto por medida de segurança, teve um aditivo de prazo de 60 dias e, por isso, passou para “até dezembro”. O serviço é realizado com o acompanhamento permanente de um profissional de segurança do trabalho.

O valor inicial orçado era de aproximadamente R$ 400 mil, mas houve um acréscimo de cerca de R$ 60 mil. O aditivo de valor refere-se a uma mudança na execução da obra. A empresa, acompanhada pela fiscalização da Prefeitura, detectou dificuldade para fazer a fundação com estacas e precisou optar por blocos de concreto.

Relembre

Inicialmente, uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual determinou ao Município e aos proprietários a restauração do imóvel, que é inventariado, mas corria risco de desabar. No fim do ano passado, um acordo judicial definiu que as obras devem ser feitas pelos proprietários, com recursos da família ainda bloqueados pela Justiça.

A recuperação é orçada em R$ 1,3 milhão. Após a liberação judicial, a prefeitura vai buscar o ressarcimento do montante que investiu na estabilização da fachada.