Devem iniciar em 2020 as obras da sede própria do Centro Nacional de Cães de Detecção, A informação é do chefe do serviço, o auditor fiscal federal agropecuário Romero Teixeira, que palestrou nesta terça-feira (15) em Porto Alegre. Teixeira afirma que a construção do Centro irá contribuir para agilizar a formação de novos cães para a detecção de pragas vegetais e enfermidades animais em bagagens e cargas, bem como treinar os servidores que irão atuar junto a eles.
Segundo o auditor fiscal federal agropecuário, o aeroporto da capital gaúcha é um dos locais que está concorrendo, juntamente com Belém (PA) e Campinas (SP) a um dos três novos cães de detecção que estão sendo formados no Ministério da Agricultura. “Outros dois já estão destinados aos aeroportos de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ), este último podendo ser utilizado também na verificação de bagagens de passageiros de cruzeiros”, explica. Outros cães devem entrar em formação com a construção do centro, e o processo de seleção dos servidores que irão atuar como operadores já está aberto.
Aumento da eficácia
Para o Delegado Sindical do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários no Rio Grande do Sul, Mario Peyrot Lopes, “a utilização dos cães aumentará a eficácia da fiscalização no Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro)”. E não é pouco, conforme Romero Teixeira. Enquanto o desembaraço de uma única mala com raio-x e abertura da bagagem no balcão demora de 1’20 minuto a 2 minutos, um cão consegue identificar se há ou não problema em cinco segundos. “Os cães têm mais células olfatórias e o ato de farejar faz parte de sua existência”, explica.
Para a formação dos cães de detecção são utilizadas brincadeiras onde o adestrador associa o brinquedo do animal, geralmente uma bolinha de tênis, com o uso do faro para detectar odores alvo que, no caso do Mapa, são produtos agropecuários.