Governo do CE nega morte em prédio que desabou em Fortaleza

Nove pessoas foram resgatadas; buscas prosseguem a outras nove

Foto: Reprodução / R7

Horas depois de o Corpo de Bombeiros confirmar uma morte em função do desabamento de um edifício residencial de sete andares, nesta terça-feira, em Fortaleza, o governo do Ceará negou o óbito, no início da noite. Ao menos nove pessoas foram socorridas e outras nove são procuradas nos escombros, conforme a administração estadual, que não explicou a divergência entre as informações.

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), determinou que os bombeiros “passem a noite, 24 horas, trabalhando para salvar a vida das pessoas que estão nos escombros”. “É um trabalho que requer paciência, técnica. E nós estamos disponibilizando todos os recursos”, disse.

O edifício Andréa ruiu por volta de 10h30min, atingindo na sequência um caminhão e uma residência ao lado da edificação. O desabamento ocorreu no cruzamento da rua Tibúrcio Cavalcante com a rua Tomás Acioli, no bairro Dionísio Torres, área nobre da capital cearense. A área permanece isolada.

Uma câmera de segurança mostra o momento exato em que o prédio desaba. Outras imagens exibem as vigas de sustentação do edifício em estado de deterioração.

Após o desabamento, o governador cancelou a agenda, inclusive a viagem a Brasília, para retornar à capital cearense. No período da noite, já no local, Camilo Santana determinou que os 135 bombeiros que estão no local atuem 24 horas nas buscas.

De acordo com a corporação, há a possibilidade ainda não confirmada de que um vazamento de gás possa ter levado à queda do prédio. Um edifício pode desabar em razão de vários fatores atuando de forma conjunta ou isolada, como erros de projeto, falhas de manutenção e até reformas não autorizadas que afetem colunas, segundo engenheiros ouvidos pelo R7.

O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará (CREA-CE), Emanuel Maia Mota, afirmou ter sido registrada, nessa segunda-feira, uma anotação de responsabilidade técnica informando uma reforma no edifício Andréa. Segundo Maia, a anotação entrou ontem nos registros da entidade em nome de um engenheiro que não especificou a parte do prédio a ser reformada.